Capítulo 32 - POV Ellie part 2

Saí com Noah conferindo o estado da casa durante a festa. Vi o pessoal ao redor da piscina, tocando animadamente, dei uma passada rápida na sala e encontrei um cara desconhecido, vomitando num dos vasos da minha mãe.

- Ei! No vaso da minha mãe não, pelo amor de Deus! - Eu gritei - Sai daí, já! Vamos, vou te mostrar onde fica o banheiro, pra você nunca mais errar o caminho. Noah, pode me ajudar? Leva ele lá pra cima, ok? - Noah assentiu com a cabeça e foi apoiando o cara pela escada.

Peguei o vaso com nojo, fui jogar fora a gosma verde que o cara vomitou e lavei o vaso, pra escondê-lo antes que alguém repetisse o que o desconhecido fez.

Fiquei esperando Noah voltar, mas como ele demorou, fui dar uma panorâmica na festa. Se arrependimento matasse, eu ficaria estirada em segundos, porque o que tinha de gente caída pelo chão e coisa suja na casa era assustador.

Nos fundos, encontrei Paula e Natasha dançando só de biquíni em cima de uma mesa, com um monte de caras, parecendo babuínos, gritando ao redor delas.

- Desçam daí já! O que vocês estão pensando? - Eu gritei
- Calma Ellie, estamos nos divertindo - Natasha disse
- Quero ver se vão se divertir quando eu aumentar a mensalidade de vocês - Eu falei
- Ellie, você sabe queridinha, não precisa isso - Paula respondeu.
- Ou vocês descem daí em dez segundos ou eu coloco as duas pra fora amanhã de manhã, entenderam? E vão vestir alguma coisa mais composta, pelo amor de Deus, eu tenho vizinhos.

Elas desceram da mesa, resmungando. Continuei andando pela casa, vendo outras barbaridades. Um cara nu estava tomando banho na minha piscina! Pior, eu nem sabia quem era ele.

- Ei! Veste sua roupa agora! Meu Deus... - Corri pra buscar uma toalha pra ele se enrolar.

Kevin e Rebecca estavam sentados numa mesa do canto. Rebecca estava tomando alguma coisa, que talvez ela nem soubesse o que era, e querendo que Kevin bebesse também.

- Becky, não vou tomar essa coisa - Ele disse
- É tão gostoso Kev, você vai achar legal - Ela falou
- Não, não, e se isso tiver álcool?
- Toma logo esse negócio - Eu disse, quando passei pela mesa deles. Ele tomou coragem e bebeu um gole.
- Humm... É mesmo, muito bom.

Andei mais um pouco e achei um Dan bêbado, cheio de conversinha pra Rachel.

- Ellie, ele está muito doido, estou com medo dele se jogar na piscina. - Ela falou comigo.
- Deve ser você que está me deixando assim... - Ele disse pra ela
- Ah, para com isso Dan! - Ela falou
- Aí Rach! Achou hein? - Eu brinquei e saí rindo.

Josh estava conversando com uma garota loira na beira da piscina, com os pés dentro d'água. A garota era bem bonitinha até, estava toda animada na conversa.

Um cara estava dançando na sala, parecendo que tinha se drogado, muito alucinado. Eu comecei a me preocupar. Uns instantes depois ouvi o som de um carro de polícia se aproximar e meu coração acelerou. Olhei o relógio, faltavam quinze pra meia noite.

A polícia parou na frente da minha casa e eu fiquei esperando eles virem falar comigo. Eles demoraram uns instantes e depois saíram. Ufa... pensei Ainda bem.

Quando estava voltando, na sala o DJ começou a tocar Poker Face. Não sei se pelo efeito da Blood Mary de mais cedo ou por qualquer outra coisa, eu comecei a dançar. Um monte de gente ficou lá gritando "Vai Ellie! Vai Ellie! Vai Ellie!" e eu fiquei tipo "O que é que eu estou fazendo?"

Paula se juntou a mim na dança, e um cara lá, que eu também nunca vi. Foi bem legal. Depois desse momento de loucura, continuei minha panorâmica da casa e me bati com Ben se Beatrice se agarrando na cozinha.

- Ai meu Deus... - Eu disse, virando o rosto, começando a corar de vergonha.
- Ellie? - Beatrice perguntou. Eles pararam pra me olhar.
- Er... - Ben ensaiou dizer alguma coisa
- Não gente, tudo bem, já estou indo...

Do jeito que eu entrei na cozinha eu saí. Se minha cozinha falasse...

Subi as escadas e fui pra o meu quarto na esperança de que estivesse vazio, por que eu estava começando a ficar com sono. Abri a porta, tirei o tênis e fui andando em direção ao banheiro. Quando olhei pra o canto do quarto, Noah estava lá.

- Noah? - Tomei um susto - Está fazendo o que aqui?
- Eu procurei o banheiro e deixei o cara lá. Tentei achar algum lugar vazio pra esperar um pouco e, bem, todos os quartos estão ocupados, menos esse. - Ele respondeu.

Notei que ele estava com um livro grande na mão, meu álbum de infância.

- Achei isso aqui em cima, estou dando uma olhada. Não tem problema, tem? - Ele perguntou
- Teria, se eu estivesse aqui mais cedo. Eu não ia deixar você ver isso. - Ele sorriu com o que eu disse.
- Por que? Você era um bebê tão fofinho...
- Ah, tá. - Eu revirei os olhos - Eu estou com sono, mas se você quiser legendas, pode sentar aqui na cama que eu vou explicando as fotos, afinal, não tem outra cadeira mesmo...
- Você faria isso mesmo com sono? - Ele perguntou
- É, não é um sacrifício tão terrível.

Ele sorriu e veio se aproximando.

- Se eu fosse você, nem chegava perto de mim, eu estou com cheiro de vômito.
- Pra mim não, você sempre cheira bem.
- Eu vou pelo menos lavar as mãos, rápido, depois eu faço as legendas.

Noah se sentou na ponta da minha cama, perto do criado mudo, com o álbum numa mão e uma pilha de outros álbuns na outra. Voltei, me sentei na cama com as pernas estiradas, e comecei a descrever as fotos.

- Nessa aí eu devia ter uns três meses - Comecei a falar. - Foi minha avó Rose que tirou, avó de Beatrice também. Já tem um tempo que não vou à Tucson, preciso visitar minha família.
- Sempre é bom. - Ele passou a página e me viu vestida de bailarina - Você fazia balé?
- Nunca fui muito boa - Eu disse e ele sorriu.
- Engraçado, eu sempre te vejo de tênis, numa imaginaria você calçando uma sapatilha.
- He, he, he, muito engraçado. - Eu falei, sarcástica. - Eu fui obrigada.
- Obrigada?
- O que você acha que uma criança de quatro anos pode fazer? Minha mãe chegou com o colan, o tutu e as sapatilhas e disse "Querida, você vai ser bailarina!" Eu ia dizer não? Mesmo que eu dissesse, não ia ter opção.
- E nessa aqui? - Ele apontou pra uma foto minha sem dente e de franja.
- Ah passa isso! Eu estou ridícula!
- Achei uma graça! - Ele disse
- Porque não é você... - Eu resmunguei, fazendo careta
- Essa é sua mãe? Achei o rosto dela familiar - Ele perguntou
- Sim - eu respondi, nostagia pulando no tom da minha voz
- Você se parece muito com ela
- Sempre comentam isso. Estou com saudades, eles não vieram esse ano.
- Porque seus pais não estão morando aqui com você? - Ele perguntou, passando as páginas do álbum.
- Meu pai preferiu o trabalho do que me ver feliz. Eu morei em Boston um tempo, talvez quando você veio morar aqui, por causa do trabalho dele, mas eu não consigo gostar tanto daquela cidade como gosto de Los Angeles. O clima, as pessoas, é tudo diferente. Minha mãe também prefere Los Angeles, é mais perto da família dela, mas está lá com ele. Eu decidi vir embora e, bem, estou aqui, alugando um espaço pra estudantes sem teto. - Ele sorriu
- Está fazendo uma coisa legal, pelo menos eles gastam pouca gasolina... E, bem, pense o seguinte, pelo menos seus pais estão juntos, não é mesmo? Um apoia o outro.
- É. Quer dizer, não agora. As coisas estão um pouco estranhas lá em Boston, minha mãe dever vir morar comigo no início do outono. Eles não estão se entendendo muito bem.
- Ah... - Noah parou uns instantes - Do que você mais sente falta de quando eles estavam aqui?
- O capuccino da minha mãe. Cheio de canela e chantilly, humm, delicioso. E de ouvi-la cantar. Ela tem uma voz linda. E, enfim, mesmo que meu pai seja muito sério e passe muito tempo trabalhando, quando morávamos aqui ele me ensinou a surfar. Gostava de ir à praia quando tinha folga, jogava vôlei, surfava comigo, talvez lembrando da adolescência dele. Mas quando fomos pra Boston isso simplesmente acabou.

Noah parecia estar tomando cuidado pra não encostar muito em mim. Mas eu, diferente dele, não estava fugindo de abraços, talvez pela carência que lembrar dos meus pais me deu. Eu era um pedaço de ferro maciço e Noah um imã. Me puxava pra perto. Encostei a cabeça no peito dele. A princípio ele estranhou, mas relaxou depois.

- Estou ficando com sono, pode apagar a luz?

Ele se levantou, acendeu o abajur do lado dele e apagou a luz do quarto. Eu me encostei de novo e continuei as legendas por pouco tempo.

- Noah, você pode continuar sem mim? Estou mesmo com muito sono.
- Está bem - Ele continuou folheando o álbum em silêncio, com o abajur aceso.

Ele tinha um cheiro tão bom. Estava sonolenta, mas não conseguia dormir, por causa da claridade.

- Dá pra apagar essa luz? Não estou conseguindo dormir. - Eu disse
- Eu ainda estou vendo o álbum...
- Apaga essa luz.

Noah desligou o abajur e ficou acariciando minha cabeça. Meu deu um beijo na testa e ficou mexendo no meu cabelo até que eu sucumbi ao sono. Poderia até dizer que caí nos braços de Morfeu, mas outros braços, talvez mais confortáveis que os de Morfeu, estavam me segurando quando eu dormi.

Acordei de madrugada, ainda de jeans, e lembrei que nem tinha tomado banho. Noah não estava mais no meu quarto. Dei uma olhada da beira da escada e vi a casa silenciosa e fechada, com um monte de gente dormindo nos sofás e no chão. Me perguntei quem tinha trancado a casa.

Eram quatro da manhã. Tomei um banho e vesti uma das minhas roupas preferidas de dormir, uma camisa de James Dean com qualquer short de pano que encontrei. Voltei, me joguei na cama e, por mais que Noah já não estivesse mais no quarto, o cheiro dele estava no meu travesseiro, o que me fez dormir mais rápido.

Nove horas eu me levantei de novo, ainda sonolenta e com um pouco de dor de cabeça. Desci as escadas e vi um monte de pessoas jogadas pelo chão, além do lixo. Estava com tanta fome que peguei a primeira coisa que achei no caminho pra comer, um pedaço de pizza fria e um pouco de salgadinho. Ninguém tinha acordado ainda. Abri um pouco a porta da frente da casa e me sentei num pufe vago perto da saída. Me perguntei o que faria pra acordar todas aquelas pessoas em coma.

Fiquei olhando fixo pra o teto, pensando em todas as coisas que tinham acontecido no dia anterior.

- Bom dia Ellie! Trouxe um café pra a gente tomar e... - Noah foi entrando na minha casa como se morasse lá e parou bruscamente quando me viu direito. - Er... - Ele se virou pra a porta, como se estivesse de saída. - Trouxe um capucinno com chantilly pra você.
- Ah, que bom - Eu disse, me levantando - Pensei que eu ia ficar ficar à base de pizza fria mesmo. - Ele continuava de costas pra mim - Pode me dar o café?

Ele estendeu o braço me passando a caixinha com dois cafés. Peguei o café e, a princípio, não entendi por que ele estava de costas. Dei uma olhada na minha roupa e aí lembrei que estava só com a camisa e um short curto por baixo.

- Ah, sim. Vou vestir uma roupa mais apropriada. Enfim, camisa de James Dean de dormir não é a melhor roupa pra se receber uma visita.
- Por mim... Realmente... Não tem problema nenhum... Se você quiser ficar assim... De camisa do James Dean e shortinho... Eu não vou me importar... - Ele foi falando baixo, talvez na esperança de que eu não ouvisse, passando a mão pelo cabelo.
- Só não jogo esse café na sua cara porque é o meu preferido e eu estou com muita fome. - Eu falei com a mão na cintura - Entra, senta aí e me espera. Vou trocar de roupa.

Vesti alguma coisa mais apropriada e desci pra tomar café com Noah. Ele tinha trazido também pão com queijo quente, que eu nem esperava. Me levantei depois de comer e disse:

- É, hora de ressuscitar os mortos.
- Huh? - Ele perguntou.
- Acordar essas pessoas.
- Ah, sim, certo.
- Tem uma coisa lá em cima que vai ser muito útil.

Me lembrei que tinha guardado umas buzinas numa caixa em cima do guarda roupa. Peguei duas, uma pra mim e outra pra Noah.

- Quer me ajudar? - Perguntei, já tocando a buzina.
- Gostei da idéia - Noah falou, sorrindo.

Eu e Noah começamos a tocar as buzinas.

- Acorda cambada! Vamos, levanta todo mundo! Você aí, que eu não sei o nome, dá pra parar de babar meu sofá? - Eu fui falando. Noah tocava as buzinas e caía na gargalhada.
- Que lugar é esse? Você sabe onde é minha casa? - Natasha me perguntou.
- Vai tomar um banho Natasha - respondi
- Onde estão meus pais? Isso é o exército? - Um estranho sentado no canto perguntava
- Sai da minha casa, eu nem te conheço... - Eu resmunguei
- O que é isso Ellie? - Josh, descendo as escadas com uma garota loira que eu achei familiar, me perguntou.
- Está na hora de acordar querido! Quem é essa garota? - Eu questionei.
- Nicole, que me deu o telefone no sábado.
- Ah, tá...
- Oi Ellie, eu sou Nicole! Tchau Ellie! - Ela disse, e passou correndo por mim pra ir embora.

Menos uma... pensei

- O que está acontecendo aqui? - Ben, descendo as escadas com Beatrice, me perguntou.
- Estou acordando os zumbis. Querem me ajudar? - Perguntei
- Boa idéia... - Beatrice falou, com a expressão malígna que eu não via há anos.
- Ah, garota má... - Rebecca falou com Beatrice, que sorriu com satisfação.
- Ai, meu Deus, que dor de cabeça... - Kevin falou, quando apareceu na sala

Dan entrou na sala correndo, com Rachel nas costas. Eu me assustei com aquilo.

- Uhu! - Ele gritou
- Ellie, ele bebeu café! Ficou maluco!
- Ele não pode beber café, ai meu deus... - Josh disse
- Socorro! - Eu ouvi Rachel gritar, seguido do som de alguém caindo na água.
- Alguém tira eles da água, agora, pelo amor de Deus, Rachel não sabe nadar! - Rebecca falou, completamente preocupada.

Eu corri pra o fundo, pra ver o que tinha acontecido, e encontrei Rachel e Dan se acabando de rir na água.

- Dan, você é um idiota, sabia? - Eu falei, com raiva.
- Calma Ellie, eu não morri. Eu sei me virar numa piscina e, bem, aqui nem é tão fundo - Rachel falou, ainda rindo.
- Você podia morrer, sabia? O que eu ia dizer pra minha mãe quando chegasse em casa? "Mãe, Rachel se suicidou"? - Rebecca brigou - Você é uma idiota.
- Becky, pelo amor de Deus - Rachel levantou e a água estava na altura dos ombros - Como uma pessoa se afoga numa piscina que nem é maior que ela?
- Ok, ok, vamos organizar essa bagunça... - Eu disse

As pessoas desconhecidas sumiram quando eu falei essa frase. Incrível como limpeza assustava algumas pessoas...

Primeiro o pessoal foi tomar café. Depois, fizemos um multirão, tirando todas as roupas de cama, jogando na máquina, varrendo a casa, praticamente lavando tudo.

- Ai, estou cansada - disse, quando parei um momento.
- Senta um pouco pra descansar - Noah sugeriu - Você não é de ferro.
- Alguém já decidiu o que a banda vai fazer agora? - Rebecca perguntou - Eu e Rach temos uns amigos que vão gostar de ouvir vocês.
- É, talvez eles até ajudem a conseguir alguns shows. - Rachel completou

Não tínhamos pensado naquilo ainda. Enfim, isso ia ficar pra depois, afinal iríamos começar a estudar em breve. A conversa sobre o futuro da banda se estendeu, até que Josh foi embora, Dan, e depois Noah.

- Antes de ir, quero falar com você - Noah disse no meu ouvido - Pode vir comigo até a porta?
- Tudo bem - Eu fui com ele.
- O que vai fazer na terça à noite? - Ele perguntou e nós paramos uns instantes na porta da minha casa.
- Eu não faço idéia. Por que, vai me chamar pra sair? - Eu brinquei.
- Essa é a idéia. Vamos comigo ao restaurante que inaugurou em Santa Mônica? É legal, um lounge com comida japonesa, acho que você vai gostar. Ouvi dizer que eles fazem uns temakis deliciosos.
- Eu falei brincando mas, sério, quer sair terça? Legal. E, bem, eu amo comida japonesa.
- É, você disse isso uma vez quando conversamos na minha casa e achei que você ia gostar de lá. Tem o mar, que é uma boa vista, os tais temakis, sushi, sashimi, palitinhos...
- E você também, não é? - Eu falei sorrindo
- É, eu também - Ele sorriu - Você vai?
- Gostei do sushi, do sashimi e do mar, mas não sei se você é uma boa opção... - Eu falei, tentando manter a cara séria. Comecei a sorrir e ele fez cara de alívio.
- Pensei que você estava falando sério... - Ele falou, começando a sorrir
- Relaxa, eu estava brincando. Que horas você passa aqui?
- Eu acho que moro ali do outro lado da rua, é só atravessar, nem tenho porque demorar. - Ele sorriu - Umas sete está bom?
- Ótimo.
- Tenho que ir Ellie, minha mãe já está na janela - Ele sorriu e eu olhei a mãe dele lá do outro lado. Ela sorriu e acenou. Acenei pra ela. - Ela está louca pra te conhecer...
- Mesmo?
- E minha irmã, meu pai, talvez até o cachorro... - Nós gargalhamos
- O cachorro já me conhece - Eu sorri - Eu sei, eu sei, eu sou um espetáculo.
- Famosa, sim, todo mundo quer saber quem é a menina da bateria...
- Ah, certo - eu fiz uma careta
- Eu já vou - Ele passou a mão pelo cabelo. Que coisa linda aquilo... - Tchau Ells. Até amanhã.
- Até...

Eu entrei em casa e as meninas todas me olharam.

- Hummm... - Só ouvi o coro.
- O que foi? Eu hein...
- Vai passear com o gatão? - Rachel disse. Eu comecei a corar.
- É feio ficar escutando atrás da porta sabia? - Eu reclamei.
- Esperem um pouco, eu e Kevin ainda estamos aqui - Ben resmungou
- É, também acho, respeitem os meninos. - Subi correndo para o quarto. As três moscas, porque elas não tinham nada de mosqueteiras, mosquitos talvez, subiram atrás zoando minha cabeça.
- Já sabe o que vai vestir? - Beatrice perguntou

Eu nem estava pensando nisso. Aliás, por que eu tinha que me preocupar com a roupa? Era só estar confortável.

Noah me chamando pra sair... Eu fiquei pensando se eu saberia me comportar num... encontro? Talvez. Ou talvez um passeio mesmo, dependia de como eu queria encarar. Enfim, pra mim seria um passeio. Eu não queria me preocupar com roupa. Eu não ia me preocupar com isso.

Mas esse convite pra PASSEAR, criou uma dúvida na minha mente. Não era cedo demais pra querer alguma coisa com Noah?

Comentários

  1. Nunca mais ninguém comentou nada!
    Vamos quebrar este gelo...
    O capítulo 31 foi ÓTIMO! INCLUSIVE OS GARROS de Elie com Noah. AHHHHHHH!!! quero um NOAH pra mim...
    Faz um pra mim filhA!?
    PS. uns vinte anos mais velho, ok?
    kkkkk....
    Esta festa do CAPÍTULO 32 foi uma rave??!! o que eles beberam? pelo amor de GOD! NÃO COLOCARAM NADA ALÉM DE ALCOOL NOS DRINKS, NÃO É?

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  2. Se os personagens principais não sabem, sou eu que vou saber mãe? (será que eu não sei mesmo? hehehe)

    O que importa é que nenhum deles tomou o que quer que estivesse rolando lá (talvez Dan, mas é só talvez...)

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