Capítulo 37 - Último Capítulo!!!

Eu não estava esperando por aquilo. Entrei na sala e me sentei no sofá, apreensivo com o que viria a seguir. O Sr. Parker ficou de pé na minha frente e começou a falar.

- Quantos anos você tem rapaz? - ele perguntou
- Tenho 17. Faço 18 em janeiro.
- 17? Você aparenta ser mais velho. - Ele parou uns instantes. - Pelo menos vocês têm a mesma idade.

O Sr. Parker ficou me encarando um tempo, sentou-se na poltrona em frente ao sofá e continuou falando.

- Vou ser bastante direto. Eu sou muito ocupado pra ficar me preocupando com problemas da minha filha mais nova. O outro rapaz veio aqui algumas vezes e depois eu soube que ele foi grosseiro e violento com minha filha. Espero que você não faça isso, ou vou ser obrigado a conversar com seus pais.
- Tudo bem senhor, entendo a preocupação. Mas eu não pretendo agir de forma similar com Beatrice. Se eu fizer isso vou me torturar pra sempre.
- Beatrice tem uma arma de choque dentro da bolsa. Ela está orientada a usar com qualquer um que tente atacá-la, até o namoradinho, está entendendo?
- Sim, senhor - Eu já estava ficando nervoso com aquela conversa dele.
- Espero que tenha entendido bem.

Beatrice estava descendo a escada bem na hora que ele falou isso. Ela revirou os olhos e eu sorri.

- Por acaso ela está descendo as escadas agora? - Ele me perguntou sério.
- Sim... - Eu falei, pasmo - Como o senhor...?
- A cara que você fez, deu pra notar. - Ele se levantou - Espero que estejamos conversados. E você, mocinha, em casa às dez.
- Luke, você não devia assustar assim o garoto... - A Sra. Parker, chamada por minha mãe de Susan, disse, assim que saímos.

Eu fui caminhando com Beatrice pelo jardim até onde meu carro estava estacionado. Abri a porta para ela, voltei e me sentei no banco do motorista.

- Você tem mesmo uma arma de choque? - Perguntei. Beatrice riu.
- Meu pai comprou, mas fica na minha gaveta. Eu acho que nunca vou usar aquilo.
- Não sei, vai que você resolve me atacar...
- Ben, pelo amor de Deus, chega a ser ridículo.

Eu dei a partida no carro e nós fomos ao cinema. Era a primeira vez que saia oficialmente com Beatrice, então, a surpresa de muitos dos nossos ex-colegas foi constrangedora. Principalmente as cheerleaders que encontramos no caminho, as que eram amigas do Phil. Cidade pequena, sempre tem alguém te observando. Por essas e outras que eu preferia Los Angeles.

Foi um bom passeio, nós nos divertimos muito, apesar de não prestar muita atenção ao que estava na tela. Depois saímos pra comer alguma coisa e eu fiz o maior esforço pra levar Beatrice em casa antes das dez. Eu não conhecia o Sr. Parker muito bem, depois da conversa de mais cedo era melhor me prevenir.

- É uma pena que eu já tenha que ir embora - Eu disse, quando deixei Beatrice na porta de casa.
- Eu também acho. Tem certeza de que não quer entrar?
- É melhor não. Se passar muito do horário minha mãe começa a ligar, eu prefiro chegar em casa antes disso.
- Quando a gente se vê de novo?
- Não sei, talvez eu passe aqui amanhã. Não consigo ficar muito tempo longe. - Bee sorriu quando eu disse isso - O que foi?
- É estranho quando você diz essas coisas...
- Por quê?
- Sei lá, eu sempre fui acostumada com um Ben tão mais quieto...
- Você prefere o jeito que eu era antes?
- Eu não disse isso Ben. Eu gosto de você assim. Na verdade, eu gosto de você. Só isso. Quieto ou não. - Aí foi minha vez de sorrir. Abracei Beatrice com força.
- Muito ruim ter que ir embora agora. - Eu sussurrei pra ela.
- Eu sei.
- Mas eu tenho que ir - Parei de abraçá-la.
- Então - Ela mexeu um pouco no cabelo - Você tem que ir...

Eu a beijei, me despedi e fui embora. Nada pior do que se afastar do que você quer estar perto.

Fiquei uma semana em La Palma. Como ainda tínhamos quase duas semanas de férias, muitas vezes recebi Kevin, Becky e Rachel em casa, além de Beatrice, claro. Eu estava sem muito que fazer, pratiquei bastante a guitarra e uma dessas tardes, Rebecca me fez uma pergunta que eu ainda não tinha pensado direito.

- Já decidiu o que vai acontecer com a banda? Vocês ganharam o festival, tudo bem, mas esse não é o fim.
- Eu não sei Becky. Nós ainda anão paramos pra pensar nisso. Segunda-feira eu vou voltar pra Los Angeles, é um bom tempo pra conversar. Além disso, todo mundo vai começar a universidade agora, no início do outono. Então, acho que ninguém pensou bem nisso. - Eu respondi.
- Lembra que nós falamos que conhecíamos algumas pessoas que podiam, tipo, "gerenciar" vocês? - Ela perguntou
- Sim, sei
- Eu e Rach aproveitamos esses últimos dias pra falar com algumas dessas pessoas. Tem um cara interessado em ouvir o som vocês. Ele trabalha em uma gravadora. Mas, sabe como é, uma parte dos lucros vai pra ele.
- Sim, sei. Posso falar com o pessoal.

Essa conversa foi a chave para o que veio a seguir. Eu falei com o pessoal em Los Angeles, que achou muito boa a idéia. A banda estava sem Josh agora, ele já tinha ido para Boston. Então, éramos eu, Dan, Ellie e Noah. O conhecido das garotas era de Los Angeles, marcou pra nos conhecer no fim de agosto.

Eu voltei à Los Angeles, pra me preparar, mas o resto do pessoal de La Palma também iria pra lá no começo do outono, pra estudar. Beatrice e Rebecca iam estudar na Universidade do Estado da Califórnia. Kevin e Rachel iam para a UCLA, junto comigo, Ellie, Dan e Noah, que também ia cursar música. Ou pelo menos esses eram os planos, não levando em consideração a banda.

A semana que faltava para nossa audição passou voando. Eu voltei a trabalhar na loja do Jeremy, ou tentei, e nossas tardes eram ocupadas por ensaios. Josh fazia falta, principalmente pra explicar suas composições.

Eu não gastei toda parte que me cabia do prêmio. Nós tínhamos noção de que provavelmente precisaríamos gravar um demo pra mostrar à gravadora e mais outras burocracias que fugiam completamente do que eu entendia. Beatrice e Kevin se disponibilizaram a cuidar dessa parte, como contabilistas da banda.

Nós juntamos uma grana pra gravar um cd demo com três músicas, pra levar ao cara da gravadora. Claro que ninguém faz sucesso de uma hora pra a outra, talvez eu nem estivesse mesmo procurando o sucesso. Kevin criou contas na maioria das redes sociais que podia para divulgar a nossa banda. Em alguns dias, pessoas que assistiram ao festival entraram em contato com a gente.

Gravamos o cd demo e fomos apresentar ao tal conhecido das meninas. O nome dele era David Fletcher.

- Por favor, poderíamos falar com o Sr. Fletcher? - Dan perguntou na recepção da gravadora.
- David está um pouco ocupado agora, querem deixar algum recado?
- Nós temos horário marcado com ele, será que ele não pode mesmo nos atender? - Ellie perguntou.
- Querida, sinto muito, ele não vai poder atender vocês. - Ela disse, cheia de falsa preocupação.

Me lembrei do que Rachel disse: A secretária dele é um nojo, mas digam que são indicados do Johnny, de La Palma. Ele vai se lembrar...

- Pode dizer que foi o Johnny que nos mandou procurá-lo? - Eu falei
- Olha só garoto. Eu já disse que David está ocupado, mas vocês insistem tanto que eu só vou ligar pra vocês verem que ele não vai poder atender vocês. - Ela discou a contragosto o número da sala do Sr. Fletcher. - David? Uns garotos estão aqui pra falar com você... Eu disse que você estava ocupado... Eles disseram que foram indicados por um tal Johnny... Não sei... - Ela se virou para nós - Esse Johnny é de La Palma?
- Sim. - Eu respondi e ela voltou a falar ao telefone.
- Sim Dave, de La Palma... Mandá-los subir? - Ela fez cara de quem não entendeu - Mas, você está ocupado David! - Noah e Ellie tentaram disfarçar, mas não conseguiram segurar muito bem o riso. - Ok, ok. Está bem Sr. Fletcher. Já estão indo. - Ela desligou o telefone. - Podem seguir para o elevador, sala 702, sétimo andar.

Fomos caminhando em direção ao lugar indicado.

- Johnny? Quem é Johnny? - Dan perguntou no elevador, pasmo com o poder que o nome teve para nossa passagem.
- John Collins, pai das meninas. - Eu respondi.
- Seu sogro, Dan - Ellie brincou. Dan começou a ficar vermelho.
- Ele não é meu sogro.
- Não por enquanto... - Noah falou, olhando pra Ellie.
- Pessoal, vamos parar de envergonhar o garoto - Eu disse, já querendo rir - Se ele chegar assim lá em cima, vão pensar que está passando mal...

O cara que fomos falar, David Fletcher, tinha uma sala maravilhosa. Parecia mais um apartamento. Ele estava jogando Guitar Hero quando chegamos. Deu pra perceber porque ele estava com a guitarra na mão quando atendeu à porta.

- Oi garotos... - Ele olhou pra Ellie - e garota, claro. Suponho que seja a comentada baterista - Ele falou com ela - É um prazer conhecer vocês. Minhas afilhadas me encheram a paciência esses últimos tempos, falando tanto da banda... Blue Blanket, não é? Fiquei a fim de conhecer vocês. Vocês têm um demo? Quero ouvir. Soube que vocês ganharam um festival recente... Primeiro lugar, não foi? Entrem, sentem aí, vamos conversar! Estou procurando novos talentos. Quem sabe vocês não serão a banda piloto do meu novo projeto?
- Sr. Fletcher... - Dan começou a falar.
- Ah, que antiquado... Não precisa me chamar de Senhor Fletcher, pode chamar de David. É como todo mundo chama, ninguém mais me respeita aqui... - Ele sorriu
- Então, David... - Dan continuou - Nós trouxemos esse demo com três músicas. Não deu pra gravar mais...
- Sei como é, grana curta... Mas não se preocupem, eu vou colocar vocês no topo! Isso se vocês quiserem, claro. A banda de vocês já tem um diferencial, uma baterista. E vocês são daqui de Los Angeles mesmo? Como conheceram o Johnny?

Nós ficamos conversando muito tempo. David era bastante simpático, se vestia bem, e era jovial. Como ele mesmo disse "pra trabalhar com música, tem que se manter sempre jovem". Ele ficou surpreso com a forma que a banda foi montada, e dava pra notar que ele queria investir na figura de Ellie como nosso diferencial. Ela que pareceu não gostar muito da idéia. Eu achei bem legal, ela era mesmo um grande atrativo.

Incrível foi saber que o Sr. Collins, pai de Rachel e de Rebecca, teve uma banda na adolescência, que David era o melhor amigo dele e, consequentemente, padrinho das meninas. Cada um tinha trilhado caminhos diferentes, David foi o único que continuou com a música.

David garantiu que gostou da nossa música e que nos ligaria assim que resolvesse uma parte burocrática. Ele disse que, no que dependesse dele, assinaríamos um contrato em breve. Mas nos aconselhou a conseguir um advogado de entretenimento, pra ajudar com a parte contratual.

- Quem vai pagar esse advogado? - Dan perguntou quando saímos.
- Eu não sei, mas a gente precisa de um urgente. - Eu falei
- Vocês não fazem idéia de quanto gasta lançar um CD. - Noah disse
- Eu imagino... - Ellie continuou - São gastos com gravação, gastos com divulgação, gastos com produção, gastos com marketing, gastos, gastos, gastos. No fim das contas, se a gente conseguir vender 500 mil cópias, o que seria uma sorte, a gente ganha algum dinheiro.

Todo mundo ficou pensando nisso na volta pra casa. Ninguém tinha grana pra pagar o advogado, ninguém tinha nada. Nos reunimos na casa da Ellie pra definir o que faríamos dali em diante. No meio da conversa, Ellie recebeu um telefonema. A mãe dela chegaria a Los Angeles no dia seguinte.

***

A mãe de Ellie, Lucy, se parecia muito com ela. As duas tinham o mesmo sorriso e os olhos inconfundíveis da família, castanhos, os mesmos olhos de Beatrice. Lucy era muito bem humorada. Eu não entendia como uma pessoa tão viva tinha conseguido passar tanto tempo num lugar frio como Boston.

- Ellie, me ajuda com as malas, tem uma mudança inteira dentro do carro - Ela disse, enquanto entrava na sala da casa. Deviam ser duas da tarde, eu, Gerald, que tinha voltado de viagem, e Natasha estávamos vendo TV na sala - Oi garotos, tudo bem? - Ela disse sorrindo. - Sou Lucy, mãe da Ellie. Vocês são meus inquilinos? É um prazer conhecê-los.
- Precisa de ajuda Sra. Stewart? - Eu perguntei
- Ah, sim, se vocês puderem ajudar Ellie a trazer minhas coisas, vai ser ótimo. Mas não precisa me chamar de senhora, querido, Lucy está bom.
- Tudo bem então.

Eu e Gerald fomos até o táxi estacionado na porta pra pegar as malas de Lucy e outros pacotes que ela trouxe. Noah também veio ajudar a carregar os pesos, e foi engraçado ver que Ellie não sabia se o apresentava como vizinho, amigo ou namorado.

- É, parece que Ellie soube manter as coisas no lugar... - Ela meditou enquanto passávamos pela porta.

Pensei em como ela reagiria se Beatrice ainda estivesse aqui. Pelo que eu sabia, elas já não se viam há um bom tempo.

Lucy era muito simpática e brincalhona. Ela trouxe uns quadros de Boston pra colocar pela casa e já foi fazendo mudanças na organização no primeiro dia. Ellie conversou com ela sobre a banda, o festival e o possível contrato de gravação.

- Vocês não precisam se preocupar, conheço alguém que pode ajudar, um bom advogado. E eu duvido que ele vá cobrar muito caro por isso. - Ela falou - O nome dele é Alan, é um antigo amigo.
- Alan? - Ellie pareceu surpresa.
- Sim, Alan Gray, um conhecido.

Rapidamente Lucy entrou em contato com esse Alan, que disse que podia nos ajudar. Ele foi muito gentil com todo mundo.

- Não vou cobrar nada enquanto vocês não forem famosos - Ele brincou - Eu conheço muitas bandas iniciando a carreira assim como vocês, mas não posso garantir que vocês vão lucrar alguma coisa, pelo menos não com o primeiro CD. Mas eu posso ajudar pra que o contrato seja um pouco mais justo.

Alan nos explicou que o contrato de gravação é muito mais complexo do que a gente imaginava. Envolvia todos os custos que Ellie falou, e outras coisas muito desagradáveis, como, se você vende 150 mil CDs no primeiro álbum e cada CD custa 20 dólares, a gravadora ganha três milhões e você ganha no máximo 600 mil pra dividir entra o membros da banda, o que seria 20% dos lucros. Se suas despesas cobrem o que você conseguiu ganhar, você simplesmente não ganha nada, nem pelos direitos autorais. Depois dessa conversa, eu já estava pensando em desistir.

As aulas começaram e David não ligou novamente. Kevin, Rebecca, Rachel e Beatrice vieram morar em Los Angeles, na casa de Ellie, agora oficialmente "Pensionato Casa da Lucy", com direito a placa na porta. Eu e Noah estávamos na mesma turma de música, Ellie e Rachel em arquitetura, Kevin em webedesign, Rebecca artes plásticas, Dan em matemática e Beatrice contabilidade.

Continuamos a levar a vida normal, fizemos algumas apresentações no campus da universidade até que, seis meses depois da nossa primeira conversa, David entrou em contato, dizendo que precisávamos ir à gravadora, para uma conversa mais séria dessa vez. Perguntou se já tínhamos conseguido algum advogado. Como respondemos que sim, ele pediu que fôssemos o mais urgente que desse ao encontro dele.

Dessa vez, incrivelmente, a secretária nos tratou melhor. Da banda, somente eu e Ellie fomos. Além de nós, Alan Gray, Lucy e Beatrice, que resolveu considerar isso como uma experiência para sua área de estudo. A sala dessa vez não foi a mesma da outra visita, mas uma maior, com aspecto de sala de reuniões.

David não estava vestido informalmente, e não estava sozinho. Um senhor grisalho, de uns sessenta anos, de expressão séria, sentado na ponta da mesa, observava a quantidade de pessoas que entrava na sala.

- Este é o Sr. Hughes, Carter Hughes, diretor de contratos. - Ele falou - Carter estes são Ben Smith, vocalista da banda e Ellie Stewart, a baterista que eu te falei.
- E qual de vocês é o empresário da banda? - Carter perguntou para os que não foram apresentados.
- Eu sou a responsável - Lucy disse - Lucy Stewart. Na verdade nós, essa é Beatrice Parker.
- É um prazer conhecê-la Sra. Stewart. - Carter apertou a mão delas - Srta Parker.
- E este é nosso advogado, Alan Gray. - Lucy completou

Eles começaram uma reunião. Eu e Ellie estávamos totalmente por fora de todos os termos técnicos. Pelo menos, o Sr. Gray parecia se importar com o quanto íamos ganhar. Ouvi alguma coisa sobre 10%, 20%, ser impossível fechar negócio, e "é pegar ou largar".

- Podemos fechar em 15%? - Alan perguntou
- 12%.
- Quinze ou iremos procurar outra gravadora
- O nosso máximo é 13%.
- Como eu disse, os garotos têm talento suficiente para ganhar até 20% dos lucros. Ou quinze ou não fechamos negócio.
- Está bem, 15%.

Então começou uma maratona. Escolher músicas, fazer novos arranjos, gravar músicas e depois todo trabalho de divulgação. Lucy nos deu muito apoio, apesar de achar que não devíamos parar de estudar. Não foi nada fácil, eu pensei que nem sequer veríamos a cor do dinheiro que investiram.

Cinco meses depois do lançamento do nosso primeiro cd, conseguimos vender 500 mil cópias, emplacar dois singles e lançar um videoclipe de Kisses of Goodbye. E, para realização de um desejo de Ellie, uma de nossas músicas se tornou parte da trilha sonora de uma série de TV.

Um dia, sentado na praia com Beatrice, pensei em como as coisas todas tem a ver com a nossa determinação. Mais de um ano atrás eu nem sequer sonharia em namorar Beatrice, em ter uma banda, em fazer shows, em lançar um cd, nada do que eu estava vivendo.

- É muito bom estar aqui, vivo, com você.
- Você acha mesmo? Todo dia eu sinto que estou perdendo alguma coisa. - Ela disse
- Mas todo mundo está perdendo alguma coisa, todos os dias...

De certo modo, sempre há um relógio batendo, escondido muito longe. Se você ignora esse relógio, a vida fica parada e as coisas só acontecem, sem que você possa mandar nelas. Se você dá importância ao som desse relógio, você nota que o tempo está sempre passando, correndo, se esgotando, é preciso tomar uma atitude.

O que vem a seguir? Não sei. Talvez a vida seja como as cordas de uma guitarra. Tocadas individualmente produzem um único som, dependendo de onde você segura. Reunidas harmonicamente formam um acorde e um único acorde dificilmente toca uma música inteira. Cada um precisa achar os acordes mais felizes que puder e fazer a sua própria música, sua própria vida.

Comentários

  1. TERMINEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI

    QUE LINDOOOOOOOOOOO

    APESAR DA ABREVIAÇÃO DA HISTÓRIA ¬¬"

    VAMOS LÁ RACH, GABARIMASU E ESCREVE OUTRAAAAAA lol

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