O LIVRO de Bárbara #01
Dentro da minha caixa de correio, encontrei um embrulho grande. Achei estranho aquilo, afinal, não era nem meu aniversário, nem nada. O embrulho tinha um livro, de capa dura e preta, sem nome. Abri pra ler. Me surpreendi com o conteúdo. Tinha o nome dela na contra-capa: Bárbara C.
Segunda-feira, 11 de maio de 2009
Eu não vou colocar aquela coisinha gay de "Querido diário". Não mesmo.
Então... Como eu explico...
Pra início de conversa, eu odeio essa ideia de diário. Sou hater mesmo. Mas meu pai decidiu que eu devia fazer um treco desses.
Na verdade, tudo veio da conversa dele com uma psicólogalouca lá da escola.
Meu pai sempre me achou tímida, retraída e essas coisas todas, mas o que eu posso fazer se não me sinto tão confortável com as pessoas? Simples, eu deixo as pessoas pra lá e tudo fica bem. NOPS. Aí vem a psicóloga.
Quem é ela? Só sei que meus professores decidiram entre si que eu era calada demais para uma pessoa que estuda na mesma turma há tanto tempo. E eu não tenho amigos na sala. E sorteio sozinha a equipe que eu vou participar nos trabalhos em equipe. Mas isso não vem ao caso.
Aí, um dia, meu pai aparece com um embrulho quadrado do tamanho de um livro. Eu pensei que fosse o livro que eu queria tanto, porque o embrulho era do tamanho da versão original da Crônicas de Nárnia. Ele vira pra mim, com a cara mais limpa do mundo e diz "Trouxe um presente. É um diário."
Meu problema é, o que eu vou escrever aqui? Eu não vou ficar escrevendo que eu acho não-sei-quem um gato ou que minha amiga está pegando aquele Zé-ninguém da rua onde Judas perdeu as botas. Eu nem tenho uma amiga!
Ok, talvez eu possa falar sobre minhas preferências. Eu gosto de pintar quadros, ler livros, ouvir música e ver filmes. Principalmente os clássicos. Adoro cinema.
Ah, eu realmente não faço ideia da função de um diário na vida de uma pessoa. As pessoas fazem blogs, twitter, tudo pra ficar contando sua vida. Porque eu tenho que compartilhar minha vida com alguém? Pelo amor de Deus!
Segunda-feira, 18 de maio de 2009
Decidi que, diferente daquelas pessoas comuns, eu não vou escrever o "diário" todo dia. Aí ele vai deixar de ser diário, afinal, "diário" significa que é feito todos os dias. Só vou escrever quando acontecerem coisas realmente importantes. Hoje aconteceu uma coisa notável.
Chegou um aluno novo na minha sala. Pra ele deve ser terrível chegar assim no meio do ano. Pra mim seria. O nome dele é Felipe. Ele é meio quieto, ou foi hoje. Quando eu estava entrando na sala, dei de cara com ele, o que foi muito estranho. Ele sorriu, talvez porque eu tenha feito uma cara estúpida. Tenho que admitir, ele é bonitinho. Tem um cabelo curto castanho, é um pouco mais alto que eu e tem um sorriso agradável. Mas é só isso o que eu tenho a dizer sobre ele, e acabou.
Estou esperando um filme bom lançar.
Talvez meu dia tenha se resumido a isso.
Terça-feira, 19 de maio de 2009
Hoje aconteceu outra coisa estranha. Aquele menino novo que eu comentei ontem, veio falar comigo. O mais engraçado é que tem umas mil meninas se matando pra ele notar a presença. Eu realmente nem esperava por isso.
Eu estava sentada no intervalo, totalmente absorta num desenho que estava fazendo no caderno. Sei lá, devia ser uma menina caminhando no campo, algo parecido. Eu colo aqui depois. A sala estava arrumada em semi-círculo e as cadeiras ao meu lado estavam vazias. Ele puxou uma cadeira e sentou-se de frente pra mim. "Gosta de desenhar?" ele perguntou. "É" eu respondi. "Desenha bem". E eu "Obrigada". Aí o sinal tocou. "Posso me sentar aqui do seu lado? Eu tô um pouco deslocado esses tempos". "Tudo bem" eu falei.
O silêncio que seguiu esse papo curto foi tenso. Mas a presença dele era legal. Normalmente, ninguém se senta do meu lado durante as aulas, cada um se concentra nos seus grupinhos e eu fico lá, isolada.
A gente se despediu depois da aula. É a primeira pessoa com quem eu interajo tanto tempo na turma.
Segunda-feira, 11 de maio de 2009
Eu não vou colocar aquela coisinha gay de "Querido diário". Não mesmo.
Então... Como eu explico...
Pra início de conversa, eu odeio essa ideia de diário. Sou hater mesmo. Mas meu pai decidiu que eu devia fazer um treco desses.
Na verdade, tudo veio da conversa dele com uma psicóloga
Meu pai sempre me achou tímida, retraída e essas coisas todas, mas o que eu posso fazer se não me sinto tão confortável com as pessoas? Simples, eu deixo as pessoas pra lá e tudo fica bem. NOPS. Aí vem a psicóloga.
Quem é ela? Só sei que meus professores decidiram entre si que eu era calada demais para uma pessoa que estuda na mesma turma há tanto tempo. E eu não tenho amigos na sala. E sorteio sozinha a equipe que eu vou participar nos trabalhos em equipe. Mas isso não vem ao caso.
Aí, um dia, meu pai aparece com um embrulho quadrado do tamanho de um livro. Eu pensei que fosse o livro que eu queria tanto, porque o embrulho era do tamanho da versão original da Crônicas de Nárnia. Ele vira pra mim, com a cara mais limpa do mundo e diz "Trouxe um presente. É um diário."
Meu problema é, o que eu vou escrever aqui? Eu não vou ficar escrevendo que eu acho não-sei-quem um gato ou que minha amiga está pegando aquele Zé-ninguém da rua onde Judas perdeu as botas. Eu nem tenho uma amiga!
Ok, talvez eu possa falar sobre minhas preferências. Eu gosto de pintar quadros, ler livros, ouvir música e ver filmes. Principalmente os clássicos. Adoro cinema.
Ah, eu realmente não faço ideia da função de um diário na vida de uma pessoa. As pessoas fazem blogs, twitter, tudo pra ficar contando sua vida. Porque eu tenho que compartilhar minha vida com alguém? Pelo amor de Deus!
Segunda-feira, 18 de maio de 2009
Decidi que, diferente daquelas pessoas comuns, eu não vou escrever o "diário" todo dia. Aí ele vai deixar de ser diário, afinal, "diário" significa que é feito todos os dias. Só vou escrever quando acontecerem coisas realmente importantes. Hoje aconteceu uma coisa notável.
Chegou um aluno novo na minha sala. Pra ele deve ser terrível chegar assim no meio do ano. Pra mim seria. O nome dele é Felipe. Ele é meio quieto, ou foi hoje. Quando eu estava entrando na sala, dei de cara com ele, o que foi muito estranho. Ele sorriu, talvez porque eu tenha feito uma cara estúpida. Tenho que admitir, ele é bonitinho. Tem um cabelo curto castanho, é um pouco mais alto que eu e tem um sorriso agradável. Mas é só isso o que eu tenho a dizer sobre ele, e acabou.
Estou esperando um filme bom lançar.
Talvez meu dia tenha se resumido a isso.
Terça-feira, 19 de maio de 2009
Hoje aconteceu outra coisa estranha. Aquele menino novo que eu comentei ontem, veio falar comigo. O mais engraçado é que tem umas mil meninas se matando pra ele notar a presença. Eu realmente nem esperava por isso.
Eu estava sentada no intervalo, totalmente absorta num desenho que estava fazendo no caderno. Sei lá, devia ser uma menina caminhando no campo, algo parecido. Eu colo aqui depois. A sala estava arrumada em semi-círculo e as cadeiras ao meu lado estavam vazias. Ele puxou uma cadeira e sentou-se de frente pra mim. "Gosta de desenhar?" ele perguntou. "É" eu respondi. "Desenha bem". E eu "Obrigada". Aí o sinal tocou. "Posso me sentar aqui do seu lado? Eu tô um pouco deslocado esses tempos". "Tudo bem" eu falei.
O silêncio que seguiu esse papo curto foi tenso. Mas a presença dele era legal. Normalmente, ninguém se senta do meu lado durante as aulas, cada um se concentra nos seus grupinhos e eu fico lá, isolada.
A gente se despediu depois da aula. É a primeira pessoa com quem eu interajo tanto tempo na turma.
Sabe Quel, eu meio que...
ResponderExcluirSURTEI TOTAL
quando vi post novo aqui
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk'
como sempre,maravilha *-*