Retrospectiva.

Esse lance de retrospectiva é sempre chato. Mas eu não podia terminar este ano de 2011 sem esse post.

Antes de tudo, este é um post de agradecimento. Primeiro, agradecer a Deus, por, acima de tudo, ter me permitido chegar até aqui vivo. Sim, vivo. Porque este foi o ano que mais vezes achei que fosse morrer, mais vezes fui internado, mais vezes quis desistir de tudo. Depois, agradecer a minha família. E por fim, depois dos clichês indispensáveis, vem o agradecimento que eu acho mais necessário: agradecimento aos meus amigos. Sim, porque eu considero meus amigos minha sustentação. Sem eles, eu não seria ninguém. Por eles eu faço qualquer coisa. E sei que eles fariam qualquer coisa por mim também.

2011 começou, pra mim, de uma forma estranha. Pra começar, no reveillon, tomei meu primeiro porre. Enchi a cara na virada do ano. Dia 3 de janeiro eu estava na rua, protestando contra o aumento das passagens de ônibus. Meu aniversário não teve nada demais. Janeiro passou, chegou fevereiro, e com ele, o carnaval. Foi muito bom sambar com meus pais na avenida, foi muito bom pegar uma gringa e foi muito bom me entupir de pitu-cola até de madrugada no Pelourinho, sem meus pais, claro. Só não foi bom eu ter passado mal no dia seguinte, já que eu pretendia ir ao palco do Rock, com meus amigos. Mas não fez muita falta, curti bastante.

Veio março e, com ele, as aulas. Depois de ter sido reprovado pela segunda vez, comecei o ano me sentindo um fracassado (não mudei muito de lá pra cá, ainda me sinto um fracasso), e resolvi me excluir na turma. Isso me levou a interagir apenas com os outros repetentes. Nesse período, eu comecei a andar MUITO com o pessoal do terceiro ano de Edificações (turma 1832). Era lá que eu me sentia bem. Lá, todo mundo era meu amigo (acho). Criei vínculos fortes com pessoas de lá, além de fortalecer os vínculos que eu tinha com as pessoas de lá que eu já conhecia (não é, Raquel?). Passei a conviver muito lá.

Se vocês não sabem como eu me sentia na minha turma, era mais ou menos assim:


 A 1832 tinha pessoas incríveis (por enquanto, ainda tem, porque não acabou o ano letivo ainda)., e Eu me interessei por duas pessoas de lá. Com uma não deu muito certo, infelizmente. Com a outra, estou namorando - e feliz, por enquanto. 

Eu comecei a descobrir umas pessoinhas muito legais na minha própria turma. Eu comecei o ano dizendo "só tem alemão naquela porra" (ainda tem um monte de sacana lá), mas eu mudei os meus conceitos. Pessoas muito legais como Janine, Isadora, Lucas Xavier e, claro, o cara que se tornou meu melhor amigo naquela turma: Gabriel Vitor. "Gay-be", como a gente o chama (Gabriel, não fique bravo comigo), virou uma das pessoas que me deu vontade de continuar naquela turma. Um amigo é importante pra caramba. Vários, então, salvam minha vida (por vezes, literalmente).

Fui a muitos shows este ano. Retrofoguetes, Baiana System e Pepeu Gomes, no Carnaval, Desafio das Bandas, na Groove Bar - fui ver a banda do meu amigo Gabriel Sussa (da 1832, pra variar), com um mooonte de gente conhecida (pra variar também),  Teve Maglore um moooonte de vezes, na própria Groove Bar, no teatro Eva Herz na livraria Cultura, no Sanguinho Novo - no Pelourinho, no show da Conexão Vivo na praça N. S. da Luz na Pituba, O Círculo no Música no Parque, Pirigulino Babilake no teatro Eva Herz (Lucas e Pedro me deram um bolo épico), a final do Desafio das Bandas no Bahia Café Hall, com mais Maglore, Velotroz, O Teatro Mágico e Scambo, teve também o NoAr Coquetel Molotov, que foi o meu primeiro show na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, com Guillemots, Retrofoguetes, Mombojó (cujo vocalista é a cara do Rafael Queiroga, do vídeo acima) e Tom Zé e, claro, não podia esquecer dos shows épicos da Batalha de Bandas do IFBA!

Meu show com minha banda na Batalha de Bandas do IFBA foi um episódio à parte deste ano. A Parajás (nome que Pedro arranjou pra substituir "Hey, Apple!") não tinha baixista nem baterista a menos de um mês da data do show. Estávamos a ponto de fazer um show acústico que nem a banda Segno, mas eis que surgem Allan e Rian pra nos salvar. Fizemos uma apresentação massa, nossos amigos lá, e "vencemos" a Batalha. Foi muito legal. 


Neste ano, comecei a namorar, comecei a estagiar (agora tenho grana - mas não peçam), paguei a quem eu devia, voltei a jogar vôlei (mentirosamente), tomei vergonha na cara e comecei a tirar boas notas (já estou quase aprovado! Quando eu passar de vez, edito este post e apago esse "quase"). Retomei o contato com uma pessoa querida com quem não falava há um bom tempo (e perdi esse contato rapidamente), quase paro de falar com minha melhor amiga né, Raquel?, reforcei outros laços de amizade, fui internado (não vou falar disso), comi muuuuito Jelly Beans (né Gabriel, Izye e Helenice?), fui muito ao cinema (nem vou lembrar da pré-estreia de Harry Potter e as Relíquias da Morte - parte 2 pra eu não chorar), assisti o Rock in Rio em casa, até cantei em barzinho (né, Bia Barreto?), fiz menos merda que em 2010 (mas ainda assim foi muita merda), enfim. Este ano, eu fiz coisa pra caralho.

Eu sei que esqueci de falar de muitos momentos e de muitas pessoas, mas isso não quer dizer que esses momentos e pessoas foram menos importantes.

Paulo, Raquel, Tais, Gabriel, Piolho, Janine, Tati(s), Isadora, Izye, Lara, Anis, Rafaela, Rafael(s), Pedro, Lucas, Lorena(s), Gianini, Bia Barreto, Helenice, Ekma, Luana, Thiago, Tamires, Tammy (Estrela), Roberta, Tanny, Hosanna, Mário, Alan, Ricardo, Natália, Tainá, Tainã, Paula, Raiana, Carol, Jeanne, Freire, Lacerda, Magno, Fábio, Márvin, Noemi, Deise, Luiz, Heloísa, Rian, Thaís, Marjorie, Neto, Yasmin, Ruan, Priscila, Samara, Eloi, Xavinho, Lucélia, Adrian, a todos vocês e a quem passou por minha vida neste ano e eu não lembrei agora, MUITO OBRIGADO. We made it. 

E, para encerrar, parafraseando o gênio Chico Buarque, 


"MENINOS, EU VI. MENINOS, EU VIVI."





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